quinta-feira, 26 de julho de 2012



Sinto saudades dos domingos
que nos acompanhavas ao café
agora continuamos a ir
mas faltas tu ali ao nosso pé


Parece que te estou vendo
sentado a ler o jornal
esperando o teu chocolate quente
e dizias mamã prova, é bom e não faz mal


Ricardinho tu que axas
das coisas que nós pensamos
não sei se estamos certos
ou será que isageramos


Agora eu penso em ti
e quando te irei encontrar
eu tenho tantas saudades
de te poder abraçar


Nós viviamos os quatro
neste lar em união
porque sempre nos amamos
do fundo do coração


Agora só somos três
a viver em nosso lar
temos as tuas recordações
tu bem deves calcular


Eu quero continuar
a ver-te por todo o lado
poder conversar contigo
porque o coração está desanimado


olho para as fotografias
porque é o que me resta
mexo nas tuas lembranças
e penso que esta vida não presta


Que gozes de felicidade
é o que eu mais te desejo
eu escrevo para ti
e te envio um grande beijo


esta ferida continua
aberta e a doer
eu acho que só vai parar
no dia que eu morrer


O Senhor que me perdoe
se digo coisas que não devo
mas estamos assustados
e vivemos com muito medo


temos medo de noticias
que não queiramos ouvir
pois esta dor é tão grande
não queremos voltar a sentir


No dezassete de Fevereiro
o teu nome eu bordei
na tua almofada
e te digo que adorei


Nesse mesmo dia à noite
depois da almofada bordada
recebi a tua casaca azul
aquela que mais gostavas


Mais um dia marcado
para mim na nossa vida
porque pensava que a casaca
já ia ficar perdida


demorou bastante tempo
para a poder recuperar
mas gostei de a ter de volta
e abracei-me a ela a chorar


Os dias vão passando
e eu sempre a pensar
quando será o dia
que te irei encontrar


Eu sinto-me muito bem
mexendo no que é teu
envolvo as minhas mágoas
no amor vindo do céu


O teu nome eu bordei
agora para a tua madrinha
bordei com o mesmo amor
como se a almofada fosse minha


Estes versos que eu escrevo
têm uma dedicação
são feitas para o meu filho
as palavras saem do coração


Está a fazer três meses
que nós estamos sem ti
foram os tempos mais dificeis
que até agora eu vivi

Sem comentários:

Enviar um comentário