terça-feira, 30 de setembro de 2014



O  tempo passa depressa
Hoje são doze de Agosto
Oito meses que passaram
E nós continuamos em sufoco

Esta vida é difícil
Existe muita maldade
Vivemos com muito medo
Não se vive à vontade

Sabemos que todos nós
Um dia vamos partir
Mas enquanto cá vivemos
Não podemos desistir


Eu não te posso tocar
Nem ouvir a tua voz
Mas este amor continua
Bem forte dentro de nós

Ricardinho à nove meses
Que não te temos aqui
Saíste para a escola
E na estrada te perdi

Eu sei que tu nos amas
Com todo o teu coração
Somos a tua família
Em Deus temos devoção

O dia doze de Outubro
Está preste a chegar
Faz dez meses que partiste
Mas por nós estás a olhar

Vinte e oito de Novembro
Este dia agora, bem diferente
Fazias tu, vinte anos
Acabou tudo de repente

Hoje é o teu aniversário
Nem penses que me esqueci
Creio que vives feliz
Envio um grande beijo para ti

Agora por ti rezamos
E pedimos ao Senhor
Que viva junto connosco
E nos ajude nesta dor

Ricardinho meu amor
Eu te quero agradecer
Sinto que me dás força
E nos ajudas a viver

Teus pais e tua mana
Te adoram como sempre
Este amor que em nós existe
Viverá eternamente

Hoje é domingo 
E são doze de Novembro
Faz onze meses que partiste
Ainda há coisas que não entendo

Como sabes nós cá estamos
Vivendo um dia de cada vez
Tu continuas connosco
Nós somos quatro e não três

Esta vida continua
A ser muito complicada
Pensamos muito em Deus
Porque nós não somos nada

Ricardinho eu agora
Te quero agradecer
A força que tu me dás
Quando estamos a conviver

Eu sei que estás comigo
Eu sinto a tua presença
Mas nesta vida agora
Existe uma grande diferença

Adoro sonhar contigo
E poder te abraçar
Esta força que me dás
É a força de amar.


Beijos cheios de saudades.





quinta-feira, 18 de setembro de 2014










Se você fosse o oceano, e eu o sol, 
viveria no por-de-sol só para te poder tocar

Se eu fosse o vermelho, e você o azul,
 eu me perderia em você.

Se você fosse uma janela, e eu a chuva, 
me derramaria inteira e lavaria a sua dor,
 cairia como uma lágrima, para que sua luz pudesse brilhar.

Se eu fosse uma sombra, e você uma rua, 
na calçada à meia-noite, é onde nos encontraríamos, e ficaríamos até as luzes se apagarem, para dançar com a lua.

Se eu fosse cinzas, e você fosse o chão,
 sob sua sombra me deitaria. 

Quero respirar, quando você respirar, 
só quero ir onde você for.

E então, eu desapareceria em você. No seu coração, na sua cabeça, nos seus braços, na sua cama, sob sua pele, até não ter como saber.

Onde você acaba e onde eu começo.